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Canola ganha espaço entre as culturas de inverno em Campos Novos

Canola ganha espaço entre as culturas de inverno em Campos Novos

09-05-2013

Embora ainda tímidos, os produtores de Campos Novos estão designando parte de suas áreas destinadas às culturas de inverno para o plantio da canola. Um cultivar que acompanha a cotação do mercado da soja e com custos que chegam até 30% menor, se comparado com o trigo. Porém, mesmo a Canola sendo uma cultura de inverno, não compete diretamente com a área de trigo, pois, segundo o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento, na área onde se planta a canola, será plantado milho como cultura subsequente. Já na área do trigo só se pode plantar soja ou feijão. Desta forma o produtor tem a canola, como mais uma opção para explorar nessa época que o solo fica ocioso.

Em Campos Novos, a área destinada aos primeiros pés de canola, no ano passado, foi de 150 hectares. Neste ano o plantio será de 700 hectares, aumento de aproximadamente 500%. No total, são nove produtores associados da Coocam, testando esse novo cultivar no município. Conforme Fábio Junior Benin, Gerente de Tecnologia Agrícola da BSBIOS, empresa parceira da Coocam que vai receber o grão da Canola, os principais motivos que estão levando os produtores a cultivar a oleogionosas são: culturas que tem liquidez de mercado; se encaixa na região com rotação de cultura e ainda o mercado, pois existem empresas de fomento que realizam um trabalho consistente, dando suporte e segurança, além de orientações adequadas para o cultivo. 

Outra vantagem dos produtores de Campos Novos é garantia de mercado, já que através da parceria entre Coocam e BSBIOS, o produtor tem contrato de garantia de comercialização, além de ter disponível suporte técnico. A empresa BSBIOS recebe o produto para transformar em alimentação humana, no entanto, pretende futuramente, produzir biodiesel. “Hoje temos parcerias no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, somando uma área de aproximadamente 15 mil hectares. Dentre no máximo cinco anos queremos ampliar para 50 mil hectares e aí sim, produzir biodiesel”, explica o Gerente de Tecnologia Agrícola da BSBIOS.

Falta de sementes no mercado

A escassez de sementes no mercado pode prejudicar o avanço da cultura neste ano, sendo que um dos motivos desse problemático é o crescimento demasiado de produtores querendo investir na cultura da oleogionosas. É a lei da oferta e procura. A área brasileira de canola semeada em 2012 foi de 48.704 hectares, uma redução de 18% em relação ao ano anterior. Já neste ano a estimativa é um acréscimo de 30% de lavouras, embora a intenção de plantio possa sofrer diversas variações até o final da época de semeadura, que se estende até final do mês de junho.

Nos últimos cinco anos, a área de canola tem apresentado crescimento constante, com exceção de 2012, quando a estiagem de verão estendeu a falta de umidade até o período de semeadura da canola. Na avaliação do Gerente de Tecnologia Agrícola da BSBIOS, Fábio Júnior Benin, a canola passa de uma fase considerada como “cultura alternativa” para uma “cultura permanente” nos sistemas produtivos da Região Sul e Centro-Oeste do Brasil.

Em Campos Novos parte dos 700 hectares já foram plantados, outros aguardam a chegada da sementes. Segundo Fábio, no município não haverá problema de falta de semente porque a Coocam fez as reservas com antecedência. “Está tendo um pequeno atraso, mas os produtores que optaram pelo plantio de canola, terão sementes garantidas”, enfatizou.

Nos últimos anos, os produtores que adotaram a cultura têm mantido a canola no sistema de produção, ao contrário do passado, quando a rotatividade nas áreas de cultivo era mais frequente, impedindo a organização da cadeia produtiva.

 

Fonte: Jornal O Celeiro