As chuvas dessa semana trouxeram alívio aos produtores rurais de soja e feijão associados da Cooperativa Agropecuária Camponovense - Coocam. Com as culturas em fase de enchimento de grãos e florescimento, a falta da precipitação ocasiona uma baixa na expectativa de produtividade, que chega a 65 sacas média por hectare de soja.

No entanto, segundo o engenheiro agrônomo da cooperativa, Helan Paganini, a influência do El Nino tem criado um microclima propício para o surgimento de esclerotina e ferrugem asiática no soja que também tem tirado o sossego dos produtores. “Estamos atuando fortemente de forma preventiva, com base nos históricos que temos das lavouras de cada produtor. Temos um atendimento personalizado e nossa meta é encontrar o produto certo para cada lavoura.”, disse Insetos como o percevejo também tem sido alvo de monitoramento entre as áreas produtivas da cooperativa.

Porém, segundo Helan, a população atual da praga não deve trazer maiores transtornos, já que o problema encontra-se sob controle.

Aquecimento no plantio de soja e feijão

Nesta safra, o plantio de soja em Campos Novos teve implemento de 4 mil hectares a mais do que em 2015, chegando a 60 mil hectares de área produtiva. A Coocam é responsável pelo plantio de algo em torno de 20 mil hectares na região.

Já o feijão contou com um aquecimento no plantio de algo em torno de 15% entre os produtores da Coocam, devido à migração de produtores de milho para esta cultura. Segundo Helan, a elevação do preço do produto apresentou-se como um motivador diante do risco que se tem no plantio da cultura.

Segundo o presidente da Cooperativa, João Carlos Didomênico, neste ano, a Coocam espera produzir 20% a mais do que na safra de 2015. “Trabalhamos sempre na busca por maior produtividade e o monitoramente de pragas e os tratamentos preventivos que aplicamos em nossas lavouras têm nos permitido isso, ano a ano.”, explicou.