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Chuvas intensas causam prejuízos entre produtores da Coocam
03-07-2014Campos Novos - O setor agrícola já começa a contabilizar as perdas devido as chuvas intensas que assolam a região de Campos Novos nos últimos 40 dias. Nesse período, 27 dias foram de chuvas e nos últimos 30 dias, conforme a estação meteorológica da Coocam em Campos Novos, foram contabilizados 389 milímetros de precipitação.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento as culturas de aveia, trigo e canola serão as prejudicadas em curto prazo pelas cheias de junho. No entanto o soja e feijão também terão seu cenário abalado por este cenário.
A canola, que já tem mais de 1500 hectares plantados entres os produtores da Coocam, e está em fase vegetativa sofreu com as chuvas intensas. Em algumas áreas a cultivar chegou a morrer pelo alagamento. “Algumas áreas de canola serão perdidas. Em outras e quase na totalidade estimasse uma diminuição da produção da ordem de 20%. Isso, porque com a falta de luminosidade do ultimo mês, a planta não produziu seus fotoassimilados, o que deve diminuir a quantidade de grãos por sílica, perdendo a produtividade da lavoura”, explicou Cristiano.
Além da canola, a aveia que já está plantada e que tem como finalidade a pastagem também sofre com as chuvas. Porém outro aspecto está no plantio de aveia para semente, que na Coocam encontra-se atrasado em 30 dias, levando em conta que conforme calendário do departamento técnico deveria ter sido plantada no início de junho. “ Este atraso implicará nas implantações das lavouras de feijão e soja, que são remanescentes a essa”, disse o engenheiro.
Outro cronograma que foi afetado devido às intensas chuvas é o plantio do trigo. Com previsão para ter iniciado entre os produtores da Coocam no dia 23 de junho, a cultura deve começar a ser implantada no final desta semana caso as chuvas cessem. De acordo com Cristiano, os efeitos desse atraso, que deve ser de mais de 15 dias, já estão sendo pensados em longo prazo. Com a previsão de uma primavera chuvosa, as doenças de cacho do trigo, como a giberela, têm tendência maior de aparecimento. “Através do departamento técnico da Coocam, levando em conta as previsões de chuva para setembro e outubro, a intenção era aumentar a janela de plantio, no sentido de tentar diminuir a incidência da giberela”, explicou. Caso a alta incidência de giberela aconteça, a qualidade do grão, tanto para o moinho, como para a produção de semente, deve ser prejudicada.
O manejo do solo também sofre com as interferências das chuvas. Os produtores que preparavam o solo para o recebimento do trigo e que já haviam feito práticas pré-plantio de correção potássica e de calcário também devem reavaliar a necessidade de novas intervenções. “Para essa finalidade é necessário avaliar caso a caso no sentido de identificar o que as chuvas podem ter causado de estragos no que diz respeito ao manejo das plantas invasoras do solo. Vale lembrar que tanto o potássio como o calcário são elementos caros, o que implicam em prejuízos ao produtor rural.”,avaliou Cristiano.
Segundo o presidente da Coocam, João Carlos Di Domênico o departamento técnico da Coocam está disponível para a orientação dos associados e clientes, no sentido de minimizar os efeitos das cheias nas produções rurais e assim na safra 2014/2015. “Nosso trabalho é o crescimento conjunto, e essa filosofia passa principalmente pela questão técnica, lá mesmo, na lavoura. Estamos aqui para melhor direcionar nosso cooperado e assim fazer com que através da tecnologia ideal e o uso de boas práticas o efeito dessa ocorrência climática seja a menor possível.”, finalizou.