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Com o tema Manejo do Mofo Branco na Soja, a Coocam e a FMC realizaram treinamento aos produtores
22-08-2018A soja é uma cultura respeitável a nível mundial, tendo inúmeras lavouras cultivadas em diversos países, por isso, tem grande influência no desenvolvimento econômico. O Brasil e os Estados Unidos são os maiores cultivadores do grão, seguidos dos países como Paraguai, China, Argentina e a Índia, contribuintes com o cenário positivo. Segundo o United States Department of Agriculture (USDA), na safra 2017/2018 foram colhidos mais de 337 milhões de toneladas do grão, em uma área de quase 125 milhões de hectares espalhadas nesses diversos países.
Porém, o potencial de rendimento da soja poderia ser ainda maior, se não fosse afetado por diversos fatores, entre os quais se destacam os danos e as perdas causados pelas doenças limitadoras da produção. O Mofo Branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, apresenta alto potencial de prejuízo à cultura da soja, podendo ocasionar perdas em produtividade na ordem de 30%, chegando até 100% quando medidas de manejo não são tomadas.
O mofo branco foi uma das causas que mais contribuiu para a redução da produtividade nas lavouras dos sojicultores na safra 2017/2018 em diversas regiões e vem se intensificando a cada ano, em Campos Novos especialmente. As regiões acima de 700 metros de altitudes são favoráveis para o desenvolvimento da doença. Pensando em ajudar os sojicultores no manejo, a Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), em parceria com a FMC Química do Brasil, realizaram treinamento direcionados aos produtores. O encontro aconteceu na última terça-feira (21/08).
Com o tema Manejo do Mofo Branco na Soja, o Engenheiro Agrônomo Ricardo Brustolin, Mestre em Fitopatologia, Consultor e Pesquisador, repassou informações valiosas aos participantes. Segundo o especialista, através do conhecimento sobre a doença e o planejamento estratégico nas lavouras, é possível integrar todas as medidas para o controle do mofo branco. “Eu acredito no manejo integrado utilizando diversas táticas de controle”, disse.
A principal entrada do fungo é através das flores e, embora a doença precisa ser observada em diversos momentos é a partir do início da floração que o monitoramento deve ser intensificado. “A batalha para vencer a guerra, não se resume em uma das medidas de controle, ou diversas medidas apenas em uma safra. É preciso conhecer a doença, as diferenças táticas de controle, integrando todas as medidas e trabalhar contra o mofo branco em diversas safras, para assim, conseguir reduzir a quantidade dela no solo e, desta forma, conviver sem maiores problemas. Ele reforça que “eliminar a doença vai ser difícil, mas conviver com uma quantidade baixa na superfície do solo, é possível”.
Monitoramento da doença
A FMC é um dos cinco laboratórios do mundo que desenvolvem moléculas e destina cerca de 10% de seu faturamento para pesquisas. Para obter um controle preventivo do mofo branco, nesta safra a empresa vai realizar monitoramento semanal das lavouras. Segundo o engenheiro agrônomo Carlos de Souza, representante técnico comercial da FMC, a Coocam e a FMC são empresas inovadoras e juntas buscam alternativas para maior rentabilidade das lavouras e consequentemente mais resultados aos produtores.