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Coocam alerta produtores sobre a incidência da helicoverpa ssp
09-10-2013
Campos Novos – Na segunda-feira, dia 07, o departamento técnico da Cooperativa Agropecuária Camponovense - Coocam e produtores rurais clientes e associados da Cooperativa tiveram uma capacitação importante sobre a fenômeno recente, porém já identificado, de incidência da lagarta do gênero helicoverpa nas lavouras da região. O treinamento aconteceu na sede social da Coocam, em parceria com a Syngenta e foi ministrado pelo Professor Doutor da Universidade de Passo Fundo, José Roberto Salvatori.
Vale lembrar que existe 04 espécies do gênero das Helicoverpas, porém na região Sul ainda não foi identificado com clareza qual espécie tem atacado as culturas da região já que segundo Salvatori existem apenas três pessoas no Brasil aptas a identificá-las.
Porém, de acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento, qualquer que seja a espécie é preocupante, já que o gênero é agressivo e perigoso, haja vista que a helicoverpa come várias culturas, em velocidade quatro vezes maior que as lagartas já conhecidas e ainda tem hábitos alimentares diversos do habitual. “A helicoverpa come de tudo, soja, feijão e até mesmo as plantas invasoras que estão na lavoura. Além disso, a lagarta come quatro vezes mais que as lagartas que já estávamos habituados com a incidência, e ainda se alimenta nos momentos mais frios do dia, escondendo-se na palhada nos momentos quentes do dia, o que dificulta ainda mais seu controle”, explicou.
Mesmo sendo nova no Brasil, a helicoverpa já foi identificada há tempos em outros continentes, e por isso, já desenvolveu uma certa resistência aos inseticidas que estão disponíveis no mercado. Diante disso, o acompanhamento e assistência do engenheiro agrônomo para seu controle é essencial. “Existem grupos de inseticidas que apresentam melhor controle diante desse tipo de lagarta, mesmo assim, é indicado que o combate aconteça bem no inicio da incidência, quando a lagarta está na 1ª ista e com até 1mm de comprimento”, enfatizou o engenheiro agrônomo Cristiano Nascimento.
Na safra passada de soja, produtores da Coocam já tiveram contato com a lagarta em suas lavouras e mesmo recente, o fenômeno causou prejuízos. “Por não sabermos ao certo que tipo de lagarta estava atacado a produção, não tivemos o controle adequado, sendo que as doses de inseticidas foram feitas posterior ao que se indica. Chegamos a usar três vezes mais que a dose de inseticida recomendada para tentar o controle da helicoverpa e mesmo assim não tivemos o controle efetivo”, explicou o engenheiro agrônomo.
Como tentativa de minimizar os danos e antecipar o diagnostico da lagarta, a Coocam em parceria com a Syngenta vai disponibilizar aos cooperados armadilhas com feromônio para identificar a presença da mariposa dentro da lavoura, e assim, antecipar as aplicações de inseticidas, e com isso prevenir uma possível infestação da lavoura. “ Essas iscas vão permitir a identificação prematura das mariposas e com isso fazemos um diagnostico precoce da lagarta que dentro de poucos dias deve estar em contato com a lavoura. Isso nos permite uma ação rápida e preventiva.”, explicou Cristiano, que enfatizou ainda que essas iscas precisam ser monitoradas num intervalo de no máximo três dias.
Por ser um fenômeno recente, os institutos de pesquisa tem se voltado para o estudo do combate da largarta, assim a Embrapa já lançou alertas e recomendações de combate e a Cidasc tem se mobilizado no sentido da tentativa do combate da praga. “Na sexta-feira teremos uma visita de um pessoal da Cidasc para tratarmos da incidência da helicoverpa. O acompanhamento do ataque da lagarta de difícil controle neste momento é muito importante”, finalizou Cristiano que ressaltou ainda que neste momento é imprescindível que o produtor esteja em constante contato com o departamento técnico da Cooperativa, procurando auxilio e recomendações no sentido de minimizar os danos e ainda prevenir a incidência da praga em sua lavoura.
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Camila Bebber Gomes
Assessora Comunicação Coocam
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