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Cooperativistas de SC participam de evento nos Estados Unidos
26-04-2016Um grupo de dirigentes de cooperativas agrícolas de SC, juntamente com lideranças de outros estados brasileiros, participam de um evento patrocinado pela multinacional Syngenta, nos Estados Unidos. Eles viajaram na última quinta- feira e devem retornar no próximo dia 30. Foram para a cidade Seattle, no estado americano de Washington, que fica na região noroeste rumo ao Oceano Pacífico, a 180 km da fronteira com o Canadá. Essa cidade, onde está localizada a fábrica de aviões da Boeing, tem mais de 600 mil habitantes, e também tem um porto que escoa para o Pacífico. João Carlos Di Domenico, presidente da Coocam de Campos Novos e da Fecoagro, é um dos integrantes catarinenses convidados pela Syngenta que participa da viagem que contempla um Fórum sobre a economia e o agronegócio mundial, onde expressivas lideranças mundiais do setor são palestrantes. O presidente da Fecoagro e da Coocam, João Carlos Di Domenico, falou para os programas de rádio da Fecoagro, direto dos Estados Unidos e disse suas impressões sobre o que viu e ouviu até agora:
“Esse programa ECOA (Encontro Cooperativas Aliadas) é patrocinado pela Syngenta para as cooperativas do sul do Brasil. Um programa excepcional por trazer conhecimento e intercooperação entre as cooperativas porque é um momento também dos presidentes, dos superintendentes conversarem e procurarem se entender porque tem muitos negócios que podem ser feitos em conjunto. O programa em si é para trazer conhecimento. É conduzido pela Universidade Purdue de Chicago, que é uma universidade agrícola, que procura levar todos os anos os componentes do grupo para um ambiente diferenciado. Nós já estivemos em Washington, Nova York, Chicago, São Francisco e agora estamos em Seattle. Seattle é uma cidade totalmente diferente das outras. É uma cidade mais vinculada ao Pacífico do que os Estados Unidos praticamente. É o porto de saída para o Pacífico. Aqui tem a Boeing e a Microsoft que são grandes empresas. É o negócio americano, diferente. Eles utilizam muito a agricultura em todos os sentidos para aproveitar tudo o que tem de bom. Por exemplo: são o maior produtor de vinho dos Estados Unidos, a gente acha que é a Califórnia, na verdade não é, é o Estado de Washington. Eles plantam videira nas bordas das montanhas de rochas e trazem para as cantinas de outros municípios, para aproveitar e aumentar o ponto turístico da região. Então acabam aproveitando tudo o que a natureza pode fornecer ao homem para ter sucesso na sua atividade. O que falta para nós é observar mais isso. O objetivo maior da viagem é exatamente esse, ver que é possível fazer sem agredir a natureza, com eficiência, com profissionalismo e com isso a população acaba aproveitando os benefícios do crescimento industrial, comercial e turístico de toda região. Todas as regiões tem isso, falta querer fazer. O programa procura mostrar esse tipo de coisa. Então todas as cidades que nós fomos, vimos isso. Estamos buscando sempre uma solução para as nossas cooperativas e também para nossa comunidade. É isso que é importante para o programa. A Universidade de Purdue faz isso com excelência, trazendo sempre uma solução para o produtor que está lá na beira do deserto, que não consegue plantar. Vão lá e acham uma cultura, acham um meio comercial e acham uma maneira de ter sucesso. É isso que a gente precisa. Isso aqui é muito parecido com o deserto brasileiro. É uma região árida, só tem bastante chuva na beira do mar, mas 50 km, 100 km adiante já é deserto. Eles produzem produtos de exportação para o mundo inteiro e fazem com que a cidade seja muito rica. Então viemos em busca disso, em busca de solução para o nosso País, num momento tão sofrido, tão judiado e, também, buscar solução para nosso agricultor lá no campo. Ver o que nós podemos fazer melhor, copiar os que já acertaram e para isso tem que ir conhecer, perceber, ver o que está acontecendo. Aproveitamos o final de semana para fazer visitas em empresas como a Boeing, cantinas que produzem produtos de altíssima qualidade. Até quinta-feira vamos para sala de aula, conduzido por professores da Universidade de Purdue, que possuem grandes conhecimentos voltados para a agricultura mundial. Vamos ter informações sobre clima, sobre produção, produtividade, demanda de produtos, expectativa de preço e de produção nos próximos meses, nos próximos anos quem sabe. Então aí vamos ter dados melhores sobre agricultura, porque no final de semana aproveitamos para conhecer a cidade e as empresas mundiais sediadas aqui em Seattle”.Fonte: Fecoagro