O presidente da Coocam e vice-presidente da Fecoagro, João Carlos Di Domenico, esteve em missão técnica no Egito na última semana.

Entre viagem e permanência no país muçumano, foram cerca de 10 dias de viagem, com início dia 03 de março. O objetivo da missão segundo ele, foi estreitar os laços e aumentar o contato com atuais e potenciais fornecedores, para assim, haver mais opções de negócios. Também esteve na viagem o diretor executivo da Fecoagro, Ivan Ramos. Ambos foram acompanhados por Ricardo Cortez, da Trading BLC Brazil e recepcionados pelo parceiro da Trading no Egito, Mohamed Elohawary. Embora a viagem empreendida ao país tenha sido rápida, foi considerada produtiva e com resultados positivos.

Os cooperativistas tiveram oportunidade de visitar diversas empresas produtoras de fertilizantes e também tiveram audiência com o Embaixador do Brasil no Egito, Rui Amaral, onde mostraram interesse de ampliar as negociações das cooperativas catarinenses com aquele país do norte da África e líder entre os países árabes, inclusive no Oriente Médio. Na Embaixada Brasileira no Egito trabalha na área comercial a catarinense Fernanda Mansur Tansini, de Chapecó, que participou da audiência.

“O Egito oferece muitas oportunidades de negócios, tanto nas importações de fertilizantes, como nas exportações de carnes e grãos”, disse João Carlos reafirmando que o estado de Santa Catarina precisa de fornecedores de fertilizantes - basicamente um dos negócios da Fecoagro é o Egito precisa de alimentos. “Eles estão em busca de fornecedores de soja, milho, farelo, de carnes de frango e suíno. Visualizamos muitos negócios voltados para a alimentação. São 100 milhões de habitantes no deserto, com produções limitadas, concetradas ao redor do Rio Nilo”.

Durante as visitas institucionais, os representantes da Fecoagro manifestaram a intenção de parceria mais prolongada nas importações, mediante compromisso de ambas as partes. Atualmente a Fecoagro já importa do Egito via Trading, porém, pretende importar diretamente pelo menos parte das suas necessidades anual que é de 300 mil toneladas a fim de buscar redução de custos para os agricultores associados das cooperativas. A produção de fertilizantes no Egito é aproximadamente de 21 milhões de toneladas.

Sobre o país 

Embora seja um dos países mais antigos do mundo, o Egito é formado por uma civilização dominada pela pobreza, mas, com uma cultura de um povo exemplar. Nos últimos anos vem se desenvolvendo muito e se transformando radicalmente. “O país posssui uma riqueza que o mundo precisa: o gás natural. Grandes oportunidades de aproveitamento do gás devem acelerar o desenvolvimento econômico do Egito”, disse Ivan Ramos.

O presidente da Coocam, ressaltou que o país saiu de um modelo socialista, voltando-se para um país mais de direita e com visível desenvolvimento. “Podemos afirmar que eles estão construindo uma nova capital, com rodovias de 1º mundo e a segurança pública extremamente competente. Voltei encantado com o desenvolvimento da região, finalizou João Carlos Di Domenico.

 Exportação

O Egito exporta tamaras e azeitonas, sendo que o Brasil é o maior cliente de azeitonas. Segundo João Carlos Di Dimenico, tem muitos negocios para andar, no entanto, é preciso muito network, mais proximidade e muito contato.