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João Carlos Di Domenico fala sobre armazenagem

João Carlos Di Domenico fala sobre armazenagem

04-09-2017

João Carlos Di Domenico representou Santa Catarina no Fórum sobre Gestão de Estoques e Políticas para Armazenagem, evento realizado pela emissora de televisão junto à Excpointer 2017.

 

Entre os dias 26 de agosto e 03 de setembro, o município de Esteio (RS) sediou a 40ª edição da Exposição Internacional de Animais (Expointer) – uma das maiores feiras do Brasil. O evento reuniu em um único lugar as últimas novidades e os lançamentos tecnológicos, tudo pautado no setor do agronegócio.  Pessoas do Brasil e exterior participaram da Expointer, são visitantes em busca e troca de conhecimentos ou informações de toda a cadeia produtiva.

Uma das atividades programadas para a Expointer foi o Fórum Canal Rural – Gestão de Estoques e Políticas para Armazenagem, onde convidados do canal de televisão, expuseram suas opiniões e mostraram a atual realidade e as deficiências do setor no Brasil. O presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam) e vice-presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro/SC), João Carlos Di Domenico foi painelista. “Falar de armazenagem é sempre muito interessante porque é um tema atual, onde o país inteiro tem alguma dificuldade e Santa Catarina não está fora disso, apesar de termos no estado, uma armazenagem quase alto suficiente”, observa. João Carlos lembra que Santa Catarina tem produção média de 6.5 milhões de toneladas de cereais e uma armazenagem de 4.7 milhões de toneladas.

Sendo assim, quando se fala em armazenagem de grãos ou cereais os produtores catarinenses estão mais confortáveis, pois, enquanto grande parte dos estados brasileiros tem grandes dificuldades, em Santa Catarina existem locais apropriados para guardar a produção e ainda, o consumo de milho, por exemplo, é maior que a produção. “Então a deficiência maior fica com o milho, porque nós temos um grande potencial de consumo. A agroindústria catarinense consome em torno de 7 milhões de toneladas, tornando o estado importador.”, destaca o  camponovense. No Mato Grosso a deficiência de armazenagem passa de 50% da produção anual, realidade parecida nos demais estados produtores.

João Carlos destaque que os custos altos para investir em locais apropriado e o retorno à longo prazo – cerca de 20 anos – contribuem para investimentos baixos em armazéns, tornando um grande problema no Brasil. Na sua opinião, é preciso unir forças e pensar coletivamente, dividindo o ônus de carregar o estoque. “Nós temos que dividir isso com todas as partes produtivas. Com o produtor, com as empresas armazenadoras e com os consumidores finais – que no nosso caso a última parte, e constituída pelas agroindústrias, essas com grande volume de consumo”. Uma das alternativas seriam essas agroindústrias investirem mais em armazenagens ou políticas públicas mais eficientes. “Tem incentivos públicos muito bons em Santa Catarina, mas precisa melhorar”, ressalta o presidente da Coocam, falando com precisão que o problema de armazenagem recai para as cooperativas.

De acordo com João Carlos Di Domenico, outro grande problema na armazenagem são as proliferações de fungos tornando-os cada vez mais resistentes nos armazéns. Para ter um produto de qualidade é necessário investimento alto e constante, porém, o setor do agronegócio também está em crise neste ano. “A gente vai atravessar esse momento, vai continuar lutando para termos uma condição melhor de produção e de qualidade nos cereais”, finaliza.

Neste semestre de 2017 é a segunda vez que João Carlos participou de painéis organizado pelo Canal Rural. No mês de junho, ele participou do Fórum Mais Milho, evento nacional que aconteceu no município de Chapecó. Ambos foram transmitidos, ao vivo, pelos canais de comunicação da emissora de televisão.