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Presidente da Coocam avalia ano de 2014 e prospecta safra para 2015
30-12-2014Campos Novos – Ao final de 2014, o Presidente da Coocam, João Carlos Di Domênico recebeu a equipe da RBS TV da regional Oeste para avaliar o ano agronômico de 2014 e prospectar números para 2015.
Segundo João Carlos 2014 foi um ano significativo para a agricultura na região, já que contou com safras produtivas e satisfatórias aos produtores rurais. Com exceção do feijão, que passou por um momento instável no mercado, as demais culturas apresentaram preos relativamente altos e estabilidade do mercado de grãos. Os fenômenos climáticos também influenciaram um pouco na safra de 2014, sendo que o alto índice de chuvas fez com que algumas culturas como a canola e o soja fossem prejudicadas.
Para 2015 a perspectiva é de uma safra cheia. O soja deve contar com um acréscimo de 10% na produção. Conforme João, isso deve se dar primeiro devido o incremento de área plantada e também em virtude do aumento da produtividade. “Os produtores rurais hoje estão utilizando em larga escala de recursos tecnológicos em campo que garantam a alta produtividade e incrementem a produção.”, disse.
Já o milho, mesmo com uma diminuição de área em torno de 8%, com relação a plantada em 2014, deve colher de 8 a 10% a mais do que no ano passado. “As lavouras de milho já estão em grande parte definidas e devem gerar um incremento de produção. Se o tempo continuar ajudando, espera-se uma grande safra”, disse.
O feijão, em virtude da instabilidade de 2014 deve ter uma diminuição de 25% de área plantada. “O feijão tem um mercado como o de hortaliças e sofre a instabilidade da lei da oferta e procura. Mesmo assim, o cenário aponta para um aumento de preço em virtude do mercado na safra do ano passado ter desestimulado o plantio.”, avaliou.
João aposta ainda num mercado estável no quesito preço de grãos, já que segundo ele, o custo de implantação de lavoura não permite uma oscilação grande para garantir o ganho do produtor. Para 2016, no entanto, o presidente da Cooperativa aposta num custo ainda mais elevado de implantação das lavouras, devido a valorização do dólar. “A agricultura é um mercado dolarizado, e a alta do dólar e desvalorização do real devem fazer com que o produtor sinta na implantação na nova safra, a alta de custos e preços dos produtos.”, explicou.
Mesmo assim, João Carlos avalia que a agricultura tem vivido bons momentos, com a sucessão de bons anos e boas colheitas. Segundo eles, hoje a maior dificuldade está atrelada a logística e a falta de infraestrutura para escoamento de grãos que dificultam a competitividade do Brasil em relação a outros países do mundo. “Perdemos competitividade pagando fretes elevados e fazendo com que nossa mercadoria tenha alto custo para chegar aos portos e aos destinos.Mesmo assim, somos produtores de alimentos importantes no cenário mundial e valorizamos nosso trabalho e produção.”, finalizou.