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Presidente da Coocam participa do Fórum Mais Milho 2019

Presidente da Coocam participa do Fórum Mais Milho 2019

11-03-2019

Campos Novos foi palco das discussões para a autossuficiência do milho na cadeia de proteína animal.

Transmitido para todo Brasil pelo Canal Rural e TV Coop, diretamente do Dia de Campo Copercampos, no final do mês de fevereiro (26). O programa Fórum Mais Milho reuniu mais de 300 pessoas, entre elas, produtores, profissionais e lideranças do agro em dois painéis de debates. Apesar da forte produção de milho em Santa Catarina, pecuaristas ainda importam cerca de quatro milhões de toneladas para uso na ração. Em 2019, o encarecimento do frete gerado pela tabela de preços mínimos tem intensificado as compras internacionais.

No primeiro painel, palestrantes e debatedores discutiram o cultivo de cereais de inverno para ração, os desafios do aumento da produtividade de trigo, triticale e cevada para trazer renda ao produtor e sustentabilidade à produção de proteína animal. Nesta primeira parte, o palestrante Eduardo Caierão, pesquisador da Embrapa Trigo, falou sobre o aumento das produtividades cereais de inverno por hectare, tendo como mediador Airton Spies, engenheiro agrônomo e ex-secretário Agricultura de SC e os debatedores Gustavo Lima, Pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Fabiana Schmidt, pesquisadora da Epagri e João Carlos Di Domenico, presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam).

Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul são 7 milhões de hectares de lavouras de soja e milho, menos de 15% desse território é utilizado para plantio de cereais de inverno, para fins majoritariamente para indústria moageira. Há vários anos o produtor não está conseguindo pagar sua lavoura de inverno, por isso, grande parte opta pela cobertura de solo. A produtividade desses cereais são baixas, com média geral de 2,8 mil Kg/ha, sendo que, em lavouras de excelência superam os 6 mil Kg/ha. “A potencial genético disponível para que a gente posso, no mínimo, duplicar esses resultados obtidos na média de produtividade de trigo no sul do Brasil”, disse Eduardo Caierão pesquisador da Embrapa. Ele falou ainda dos desafios para aumento da produtividade dos cereais de inverno para dar sustentação as duas cadeias produtivas que mais geram riquezas para Santa Catarina – avicultura e suinocultura.

A Embrapa em parceria com cooperativas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, está realizando um trabalho piloto com trigo e triticale, com associação à empresas produtoras de proteína animal. “A Embrapa/trigo vem discutindo possibilidades de viabilizar cada vez mais, a cultura de trigo e outros cereais de inverno”, disse Eduardo completando que são poucos países no mundo com capacidade de fazer duas ou até três safras durante o mesmo ano, e o Brasil é um deles. “Estamos trabalhando em pesquisas para aumentar a produtividade e os produtores voltar a plantar trigo ou outros cereais de inverno”.

 O que diz o presidente da Coocam

Na opinião de João Carlos Di Domenico é preciso mais pesquisas para melhorar a produtividade dos cereais de inverno. “É lógico que tem muitas contas à serem feitas, uma delas é a condição de programas de incentivos para que o produtor plante cereais para o uso na alimentação animal, assim já pouparia o dinheiro usado na cobertura de solo. É preciso levar em consideração o sistema inteiro da fazenda para assim, viabilizarmos o projeto. João Carlos acredita que todo o estudo e troca de ideias sobre o uso de cereais de inverno na alimentação animal só dará certo se haver parcerias entre produtores e as agroindústrias.

Em 2017, durante o Fórum Mais Milho - em Chapecó, João Carlos Di Domenico e outras lideranças do setor do agronegócio, já discutiam o equilíbrio entre a oferta e a demanda do grão no Sul do país. O camponovense também representou Santa Catarina no Fórum sobre Gestão de Estoques e Políticas para Armazenagem.

No ano de 2018, houve diversas reuniões focadas na produção de cereais de inverno para uso na ração animal, com a participação de representantes de órgãos como a Fecoagro, Ocesc, Faesc e representantes de cooperativas, juntamente com a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Embrapa, Epagri, além de representantes de agroindústrias do estado catarinense. As pautas das reuniões, são sempre voltadas à incentivos para o plantio de cereais de inverno, especialmente trigo, aveia branca, cevada e triticale, além da formação de elos entre o setor.