Campos Novos – Os campos floridos de canola são verdadeiras paisagens para serem contempladas por todos àqueles que passam pelas estradas e rodovias que margeiam as propriedades rurais dos produtores da Cooperativa Agropecuária Camponovense - Coocam.

Mas não é apenas a paisagem que tem agradado aos produtores, a Canola também tem gerado expectativa de, neste ano, chegar a produtividade alcançada em 2013, que foi de 25 sacas por hectare.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Helan Paulo Paganini, nesta safra os produtores da Coocam, juntos, plantaram 1000 hectares da cultura que já tem comercialização garantida. “Tivemos uma redução de área plantada com relação ao ano de 2014, mesmo assim, com a produtividade que pretendemos alcançar este ano, deveremos chegar próximo do colhido no ano passado, quando nossa produtividade obteve média de 15 sacos por hectare apenas, devido a alta incidência de chuva.”, explicou.

Mesmo sendo uma cultura delicada, principalmente no que diz respeito ao fator climático, 80% da canola plantada nesta safra tem apresentado bom desenvolvimento vegetativo. “Em análise feita no campo, verificou-se que a canola plantada antecipadamente, que agora está em fase de enchimento de grão, tem apresentado um desenvolvimento adequado. A canola tem características muito particulares, e que deixam o departamento técnico da cooperativa atendo, já que mesmo não apresentando tanta incidência de doenças como a soja, a canola também não tem a mesma facilidade de recuperação se exposta a danos climáticos, principalmente os ocasionados pelas chuvas intensas.”, explicou.

A diferenciação da canola não para por ai, a cultura tem especificidades que vão desde o plantio até a colheita. Com maquinário adaptado para o atendimento das necessidades da cultura, a canola apesar de mais econômica no que diz respeito à aplicação de defensivos agrícolas tem alto valor de implantação da lavoura, que pode variar entre 15 a 18 sacas por hectare. “Cotada pelo preço de soja do dia, a canola, para ser lucrativa ao produtor tem que ter um manejo orientado. Isso inicia na escolha de um hibrido que melhor se adapte a região e a janela de plantio e segue com a adubação e correção adequada dos nutrientes”, ressaltou o engenheiro agrônomo.

Abelhas são aliadas

E além do olho clínico do departamento técnico focado na produtividade, os produtores de canola tem um aliado natural no quesito produtividade – as abelhas melíferas. Através da polinização que acontece com a introdução das caixas de inseto nas lavouras, estima-se que o incremento da produtividade da cultura pode chegar de 17% a 30%. De acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Helan Paulo Paganini, esse processo de introdução das abelhas acontece na fase de início de floração da canola, e elas ficam na produção em média por 30 dias. “ Realizamos a introdução dos insetos polinizadores através de parcerias seladas com produtores de abelhas. Essa é uma parceria interessante para as duas partes, haja vista que garante o aumento de produtividade da canola ao produtor rural, e ainda, mantém a colmeia viva, e geralmente em mesmo número de insetos, num período de baixa floração, ao produtor de abelhas. “, finalizou.

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Camila Bebber Gomes

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