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Setor do agronegócio com perdas nas safras de verão e inverno

Setor do agronegócio com perdas nas safras de verão e inverno

24-07-2018

Apesar da diminuição na produção dos grãos e no plantio da safra de inverno, a cooperativa está sempre buscando alternativas para ajudar os associados.

Além de estar sempre sujeita às intempéries climáticas safra após safra, a agricultura está sempre tentando driblar os efeitos de crises financeiras. Apesar das dificuldades e de resultados negativos, o dinamismo do homem do campo é o propulsor do superávit da balança comercial brasileira. Embora tenha melhorado o preço de vendas da soja, por exemplo, as dificuldades para quitar as dívidas é um desafio constante no agronegócio. Infelizmente todo ano é assim, quando o produtor ganha no preço, perde na produtividade.

Sobre os resultados da safra de grãos 2017/2018, os sojicultores associados da Coocam colheram em média 60 sacas por hectare, redução de cerca de 15%, comparando a safra anterior. Um dos maiores problemas encontrados nas lavouras se refere ao mofo branco – uma doença que se propaga devido por condições de alta umidade e noites frias. Para o manejo e controle da praga, o produtor precisou investir mais do que havia planejado, consequentemente o custo se elevou e o lucro diminuiu. Ou seja, a má distribuição de chuvas durante a germinação e o desenvolvimento da cultura e a alta precipitação durante o período de floração da cultura da soja, foi o grande problema.

“Tivemos períodos de muita chuva e períodos de muita seca e, esse desiquilíbrio climático prejudicou bastante as lavouras de soja dos associados da Coocam”, explicou o engenheiro agrônomo, Paulo Graeff Júnior, completando que dificilmente o empresário rural consegue aliar alta produtividade com bons preços em uma única safra.

Porém, a redução na produção da cultura de milho não foi tão expressiva, conforme previsões anteriores. “Fechamos em média 170 sacas por hectare, melhor que o previsto antes da colheita”, disse Paulo. O preço do milho está sendo comercializado, em média R$ 35,00 a saca.

Culturas de inverno

Segundo o engenheiro agrônomo, os associados da Coocam já encerraram o plantio das culturas de inverno, no entanto, houve redução de aproximadamente 40% no plantio de trigo, comparando com o ano 2017. “O plantio de trigo já foi uma tradição em nossa região e, de modo geral, vem diminuindo ano a ano”, enfatiza.

Sobre essa redução bastante considerável de 2017 para 2018, o grande fator se refere aos prejuízos obtidos na última safra de inverno. “A cooperativa está tentando buscar outras alternativas, porém, não tem outra cultura com rentabilidade maior para substituir essas áreas de trigo”, observou Paulo Greaff.

Todo o plantio das culturas de inverno dos associados da Coocam, cerca de mil hectares de trigo e 800 hectares de aveia preta, será destinado para produção de sementes. Neste período do ano, a maioria dos produtores da região optam pela cobertura do solo ou plantio de aveia, azevem para utilização na alimentação dos da pecuária.

Palestras

A Coocam conta com um departamento técnico especializado que está sempre ao lado dos produtores rurais. Orientações, dicas e informações do agronegócio, são alguns dos pontos discutidos e avaliados entre o cooperativa e os cooperados. Para ajudar os associados ter melhores resultados nas lavouras, em parcerias com empresas e as multinacionais comercializadoras de produtos e insumos, a Coocam também realiza seguidamente palestras informativas.