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Um olhar técnico para as necessidades fisiológicas da planta

Um olhar técnico para as necessidades fisiológicas da planta

26-05-2015

Campos Novos – Na quarta-feira, dia 20, a Cooperativa Agropecuária Camponovense – Coocam, oportunizou aos produtores rurais associados e ao departamento técnico da Cooperativa um momento para olhar as necessidades fisiológicas das plantas sob outra perspectiva.

Isso porque o engenheiro agrônomo, pesquisador da Embrapa e professor da Universidade Federal de Passo Fundo, Osmar Rodrigues esteve com os presentes para tratar do manejo nutricional para alta produtividade de soja e trigo. A palestra aconteceu no auditório da Coocam, em Campos Novos.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento, o bate papo foi baseado na necessidade de análise do estádio fisiológico das plantas e da tecnificação da lavoura não apenas no quesito equipamentos utilizados, mas sim, de mão de obra. “Todo nosso bate papo esteve focado principalmente na necessidade do “olho técnico” encima da produção rural. Somos habituados a planejar os plantios e manejo com base no calendário humano, mas precisamos, sobretudo, planejar de acordo com o calendário da planta, focando nas diferentes fases de desenvolvimento da mesma.”, disse.

O pesquisador da Embrapa, Osmar Rodrigues lembrou que o excesso de contagem de tempo pelo calendário humano é o grande responsável por não retirar da planta todo o seu potencial produtivo. “É necessário que saibamos aplicar os recursos nas plantas quando elas estão suscetíveis a recebê-los. Isso, além de otimizar os recursos, extrai da planta o seu potencial produtivo. O 20 de maio de 2014 não é igual ao 20 de maio de 2015, precisamos considerar os efeitos climáticos, as condições de solo, as oportunidade e as ameaças. É preciso respeitar o calendário da planta e não contar os dias pelo calendário humano.”, explicou.

O presidente da Coocam, João Carlos Di Domênico, ressaltou que o evento teve muita aceitação por parte dos produtores presentes, já que oportuniza o aprimoramento de técnicas e aquisição de novos conhecimentos. “Nossos produtores puderam fazer avaliações de como estão atuando junto as suas lavouras e com isso, repensar e reinventar formas de fazê-lo. Além disso, o conhecimento aproxima-nos do departamento técnico da Coocam, que está a nossa disposição, para nos orientar em nossas escolhas.”, lembrou.

 

Mais nitrogênio para o soja

Outro assunto abordado durante a palestra foi a necessidade da inoculação feita de forma adequada para garantir a qualidade do desenvolvimento do soja.

De acordo com o técnico agrícola da Coocam, Silvio Zanon, ao longo dos anos, pela não existência de um equipamento específico, os produtores tem deixado de inocular o soja e com isso, de oportunizar a planta de receber o nitrogênio de que precisa.

Esse processo, a partir da safra 2015/2016 também passará a ser feito de forma industrializada na Coocam, que contará com a inoculação aliada ao Tratamento Industrial de Sementes – TSI. “Isso garantirá a adesão de mais produtores a essa técnica, e também fará com que ela seja mais eficaz, já que vai distribuir uniformemente o produto, e assim, não deixá-lo exposto a fatores como tempo ou manejo.”, explicou Silvio.

 

Altas produtividades requerem reforço

Com os tetos produtivos alcançados pelos produtores indo cada vez mais longe, permitindo a colheita de 80 a 90 sacos por hectare de soja, é necessário que a complementação de adubação aconteça.Esse assunto também foi tratado no encontro dos produtores.

De acordo com Cristiano Nascimento, se antes a adubação de base era suficiente para nutrir a planta até a sua maturação fisiológica, hoje, a alta produtividade força a adubação foliar da mesma. “E para isso é necessário que análises foliares sejam feitas, uma espécie de “exame de sangue” da planta para diagnosticar quando é o momento exato de fazê-lo.”, explicou.

Osmar Rodrigues lembrou que, através desse acompanhamento técnico e especializado, é possível ao produtor extrair o máximo potencial produtivo da genética que está investindo.